Nitrogénio: o rei dos gases

Começamos o mês de setembro com o rei dos gases! Esta semana também teremos no blogue da Nippon Gases um novo post, e hoje é a vez do nitrogénio.

Como muitos sabem, o N₂ é o gás inerte por excelência. Encontra-se no ar em grande quantidade, sendo a sua percentagem aproximadamente de 79%. É o que denominamos um gás comprimido e, quando se fala de botijas, também podemos adquiri-lo de forma criogénica, ou seja, no que é conhecido pela sua forma líquida, podendo falar-se já de duas formas de o ter nas suas instalações: em gás ou líquido.

De que dependerá a forma de fornecimento?

A forma de fornecimento depende da aplicação e/ou quantidade de consumo, por isso  perguntamos sempre para que o vai utilizar, quantas horas serão de trabalho, a que pressão, caudais de trabalho, que interferências pode assumir o que tem de realizar (com este último parâmetro definiremos a pureza de que vai precisar), etc.

Alguns exemplos de utilização do N₂ podem ser muitos pontos do laboratório de qualidade, laboratórios de universidades e I+D, indústria química, biotech e biotecnologia, indústria farmacêutica, indústria petroquímica, plásticos, etc., ou seja, uma infinidade de campos.

• Uso do N₂ em equipamentos de laboratório: normalmente este uso é em botijas com uma pureza de 99,999%; realçamos que é normalmente; os equipamentos são cada vez mais sensíveis e é muito importante determinar convosco a pureza exata. Os equipamentos de laboratório que utilizam o nitrogénio gás são o cromatógrafo de gases como carrier, HPLC para desgasificação, ICP, Equipamento Dumas (análise de proteína), LC-Masas, TOC, absorção atómica ou caixas de luvas. No laboratório também se utiliza para pequenas inertizações e secagem do material de laboratório. Há muitos usos e muitos casos que devem estudar para definir como e qual é o nitrogénio de que precisam. Também podemos encontrar aplicações muito específicas que utilizam o N₂ líquido; nestes casos, o que se pretende do nitrogénio é a sua capacidade de frio, utilizando-se para a moagem criogénica (uma aplicação que cada dia está mais no auge, já que é um bom método de moer) ou também para guardar amostras congeladas, normalmente amostras orgânicas, quer sejam de origem vegetal, animal ou humana.
• Uso do N₂ em universidades, I+D, biotech, farmacêutica e petroquímica: é utilizado como gás e líquido, consoante o uso, mas neste caso é muito mais variável, já que são setores que têm à parte do laboratório outros processos onde também se utiliza o nitrogénio. Nestes casos é utilizado para inertizar, e a variedade de fornecimento é díspar: desde centrais in situ até uma botija de nitrogénio comprimido, passando por tanques, PGS ou blocos. Também é utilizado para embalar produtos, para prolongar a vida de produtos, prevenir a oxidação o como impulsionador de produtos em fábrica, já que, ao estar em contacto com o nitrogénio, os benefícios são melhores do que com o ar, prevenindo a oxidação.
• As aplicações de nitrogénio criogénico na indústria são menos conhecidas. Pode utilizar o seu poder de refrigeração em reações que são muito exotérmicas, e outro uso muito interessante é utilizar o nitrogénio líquido nas plantas COV, já que é uma aplicação ambiental que ajuda a reduzir os voláteis que são enviados para a atmosfera de uma forma limpa e muito eficaz.

O que é a pureza?

Este conceito é cada vez mais importante para nós, já que cada aplicação precisa da sua pureza e esta deve ser exatamente aquela de que precisa. É importantíssimo ter os parâmetros determinados para uma utilização correta do gás em questão. A pureza é determinada pelo número de 9 que tem um gás: por exemplo, o Nitrogénio 5.0 é um Nitrogénio 99,9990, cinco 9 e um 0. Contudo, é tão ou mais importante saber as especificações das impurezas que tem o gás, já que pode ser que necessite de um nitrogénio com menos de 5ppm de O₂, já que o O₂ afeta a sua reação e/ou o seu equipamento, por exemplo. A pureza é algo mais do que o número de noves que tem o gás, é também as impurezas associadas a esse gás.

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